A história é tão simples quanto estúpida e vem hoje relatada no JN: O anterior executivo municipal de Castelo de Paiva, distrito de Aveiro, licenciou a construção de um prédio de habitação num terreno pertencente à câmara. As últimas eleições autárquicas ditaram uma mudança de côr no executivo gestor e a polémica estoirou. Os terrenos em questão são parcela de uma quinta que, sendo propriedade da câmara, estão catalogados como "zona verde", o que fez com que o actual executivo despoletasse o processo de anulação da licença de contrução junto das autoridades. De seguida, foram os vereadores do partido que governava anteriormente a interpôr recurso por alegarem não ser essa a caracterização dos terrenos em questão e que os mesmos eram propriedade da empresa construtora. A verdade é que, ao que parece, o prédio está mesmo ilegal e, a crer no improvavel funcionamento da justiça, terá de ser demolido. Nada de mais, pensamos nós... Não seria, de facto, nada de mais se a construção tivesse sido interrompida logo que foi despoletado o processo... A verdade é que, no meio desta confusão, ninguém se lembrou de notificar o construtor e, entretanto, o prédio foi concluido e os apartamentos foram vendidos...
Perante tal situação, a demolição do edifício acarretaria onerosas consequências para a empresa de construção (reparem como faço este enorme esforço para não dizer "o construtor") que a levariam fatalmente a ter de despedir funcionários, esses que se manifestaram na assembleia municipal contra a justiça e em favor da prevaricação, mais uma vez neste belíssimo País. Tudo porque alguém se esqueceu!
Sem comentários:
Enviar um comentário