domingo, 18 de setembro de 2011

a qualidade decadente das canetas

Uma grande parte dos jornalistas de hoje são aqueles que prematuramente se aventuraram no "freelancing" e empurraram os seus pares mais antigos, os que tinham emprego garantido e por isso estavam mais à vontade para noticiar sem se prostituir. Uma grande parte dos jornalistas de hoje é a responsável pelo estado miserável a que chegou a sua classe, se de classe ainda se pode falar. Essa grande parte dos jornalistas de hoje é aquela que, apercebendo-se da realidade a que chegou, nada fez para inverter o sentido mas, pelo contrário, e comportamento tão vulgar neste nosso parvo país, optou por noticiar no sentido dos interesses dos seus patrões ou, noutros casos, dos financiadores dos seus patrões. Essa grande parte dos jornalistas de hoje vê-se agora, por deficiente remuneração unitária, na necessidade de produzir muitas em detrimento das boas notícias e essa constante pressão adultera-lhes a qualidade de raciocínio e escrita que eu, benevolamente, aceito que alguma vez tenha possuído. É por isso que lemos por aí erros ortográficos presunçosamente assumidos com normalidade ou notícias puxadas à primeira página orientando num sentido que, depois de lidos os pormenores, se percebe ser o oposto (estou a lembrar-me da notícia de ontem do JN acerca do fadista Nuno da Câmara Pereira). Eu que até nem gosto de monarquias ou outras direitas que tais espumava-me já na ânsia de saciar a fome de sangue mas... não era nada disso!!! Haja revolução... hajam Jornalistas para a fazer!


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