terça-feira, 20 de setembro de 2016

inconsequências

Cheguei a um ponto em que, à partida, desconfio de todos os órgãos de comunicação social.
Ainda assim, e porque sofro das mesmas impossibilidades e vícios que as outras pessoas, a escolher, opto sempre pela RTP.
Não pratica o "serviço público" como lhe seria exigido, definitivamente não... mas afasta-se disso muito menos que as restantes.
Há então ali um programa que tento ver (ou ouvir) sobre economia que, por ser conduzido de forma bem mais prosaica se aproxima do nível corriqueiro do meu entendimento sobre o assunto.
Ontem gostei particularmente do programa porque me empurrou ainda mais para o que já tinha assumido (lambusamo-nos em vaidade e superioridade quando nos empurram para o lado onde já nos encontramos).
Toda a politiquice dominante na política interna nacional é nada mais do que um entretimento burguês que dê alguma ocupação emocional ao povo.
Há uma embrulhada Europeia no que a economia diz respeito que, olhando para o atual panorama, é impossível identificar alguém capaz de a resolver. Assim, perante a óbvia e expectável falência da estrutura política económica e social da Europa, competiria aos países, individualmente, salvaguardar o seu futuro para lá da derrocada. É o que estão a fazer alguns Países Europeus, amealhando e acumulando para lá do razoável dentro da lógica de política Comum porque, a política, deixará de ser comum.
Em Portugal, a solução passaria por ajustar as políticas de fomento ao investimento no setor produtivo e industrial de modo a que as políticas sociais, sendo melhoradas, também deixassem de ser tão precisas.
Porque é que não acontece então este compromisso com a obrigatoriedade de emancipação nacional? Porque, além de forças externas se oporem a isso, os próprios agentes políticos nacionais se comprometeram já a título individual com a prática do "seguidismo" cego e cavalgante.
Dever-se-á então ter algum cuidado ao sugerir rótulos de esquerda ao atual Governo Português. Uma observação atenta perceberá que de imediato a Comissão Europeia se mexe quando resquícios de intenção esquerdista se evidenciam nos resultados eleitorais e, se isto não fosse suficiente, o Próprio António Costa incorporou o papel de acólito e provou aos senhores que não ousaria pôr em causa as suas diretrizes.
Voltando ao Programa... A conclusão de que nem tem sequer dependido de nós, ou dos nossos políticos, as variações do juro da dívida, mas apenas das decisões referentes à política de compra de dívida por parte do BCE, é deveras desolador.
Uns ficam cabisbaixos e resignados... Outros incorporam a obrigatoriedade cívica de revolucionários... escolhas!

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