domingo, 29 de maio de 2016

pela minha escola

Há, em Portugal, 2628 estabelecimentos de ensino privado e cooperativo. Destes, apenas 79 têm contrato de associação, sim, cerca de 3%.
Aquilo que, hoje, em manifestação promovida pela Igreja, os Pais dos alunos que frequentam os pouco mais de 30 que agora vêm negado o apoio do estado é nada mais do que a manutenção de um privilégio à custa do financiamento público. Sim, aqueles que diariamente apontam o dedo aos gastos com pessoal, economato, viaturas, etc, como exemplos de despesismo, exigem agora que lhes seja mantida "a mama" da colocação do seu menino ou menina num colégio que, muitas das vezes, apenas lhe garante o rótulo de "família de bem".
Se a estes colégios são agora retirados os financiamento públicos é porque as regras dos contratos de associação estão muito bem definidas e publicadas, tal como ressalvou ainda esta semana a Procuradoria Geral da República.
Que dirão os restantes 2549 colégios privados que não usufruem de qualquer financiamento público? Se o mote é a liberdade de escolha, não deveriam também esses ter o direito de receber ajuda económica pela mesma medida?
Ensino diferenciado... é o que estes colégios deverão oferecer ao mercado e com isso cativar aqueles que tenham possibilidade económica para o fazer. o restante... o restante passa por nos manifestarmos todos em defesa da melhoria da rede e qualidade do ensino público.

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