segunda-feira, 11 de junho de 2018

ir à bola com eles...

O Trabalhadores da PETROGAL iniciaram hoje mais uma greve.Desde as 6:00h da manhã de hoje e até às 14:00h de sábado, era suposto não haver combustivel para ninguém, com exceção dos serviços de urgência e demais necessidades básicas bem explicitas nas regulamentações de serviços mínimos que, responsavelmente, os Trabalhadores da PETROGAL sempre souberam cumprir.
Acontece que o Governo do Partido Socialista, o dos ministros que vão à bola com a GALP, tem sido cúmplice no claro atropelo à lei, validando despachos de serviços mínimos que são, na verdade Serviços máximos.
Nas greves de 2010 e 2012, a PETROGAL entendeu levantar processos disciplinares a vários Trabalhadores, numa clara posição de afrontamento à legalidade e em ato de intimidação coletiva para desarmar a predisposição dos Trabalhadores para a greve.
Em todos estes processos, os tribunais deram razão aos Trabalhadores, inclusive naqueles em que a PETROGAL entendeu gastar fortunas a arregimentar equipas multidisciplinares de advogados e conseguiu arrastar até ao tribunal Constitucional.
Apesar disso, o Governo do PS, o tal dos ministros que vão à bola com a GALP, continua a ter uma posição conivente com administração da PETROGAL, impondo por despacho a obrigatoriedade de cumprir com a produção e fornecimento quase máximos.
É esta a posição do governo liderado por António Costa que, ainda no último congresso do seu partido, afirmava a necessidade de se promover a criação de condições de emprego com qualidade para que os jovens que se viram forçados a emigrar tivessem possibilidades de voltar ao seu país.
Este é assim mais um dos momentos da prática de verbo de encher, numa situação particular em que a empresa, a PETROGAL que leva os ministros à bola, ataca de morte a contratação coletiva e os direitos laborais, assumindo uma postura de tentativa de alienação sobre todos os direitos sociais adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos anos, consagrados em normativos, protocolos e outros instrumentos de regulamentação interna, procurando ainda eliminar os regimes específicos de Reforma e de assistência na saúde, negociados com os sindicatos.
Este é um momento sem precedentes naquela empresa que, enquanto vê os seus lucros subirem 74% no primeiro trimestre deste ano (135 milhões de euros), tem assumido uma postura de total indisponibilidade para negociar acordos de defesa de direitos com as Organizações RepresentativaS dos Trabalhadores, continuando um cerrado ataque aos seus direitos laborais e sociais e dando espaço aos sindicatos da UGT que se têm apressado na assinatura de acordos que os penalizam.
A este ataque à contratação coletiva e aos direitos laborais, os trabalhadores têm respondido com a luta, uma luta dura e onerosa para as carteiras de quem depende do seu salário para sobreviver, mas que se tem alimentado da certeza de justiça e na garantia de se estar a lutar também pela viabilidade social das gerações seguintes.
É esta postura de conluio entre o Governo e o poder económico que interessa denunciar e combater. Esta inexplicavel postura de apoio à ilegalidade e ao ataque social sobre os Trabalhadores que mais não é do que um esforço para manter a estratificação social da população Portuguesa.

Toda a solidariedade com a luta dos Trabalhadores da PETROGAL...


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